Rumos de SC e do Brasil em 2019

Atualizado em 03 janeiro, 2019

SC: foco na infraestrutura e carga tributária

A infraestrutura e o sistema tributário e legal devem ser prioridade para as novas gestões estaduais e federais, conforme a Carta do Comércio, levantamento realizado pela Fecomércio SC com empresários catarinenses.

Corrupção, o crescente poder do crime organizado e o aumento das ocorrências de tráfico de droga e assaltos colocam a falta de segurança pública no topo dos entraves para a competitividade em Santa Catarina. As condições das estradas e a distribuição da energia elétrica também merecem destaque no tema Infraestrutura. A concentração em um único modal rodoviário eleva os custos do Estado. A melhoria das estradas, como a duplicação de rodovias que não suportam mais o fluxo de veículos, e o investimento em outros modais são essenciais para o desenvolvimento da economia brasileira.

A alta carga tributária, bem como sua complexidade e constantes alterações, também emergem como as maiores dificuldades para quem quer empreender. É preciso simplificar e reduzir os altos impostos no Brasil, que bloqueiam o empreendedorismo e, por consequência, o crescimento sustentado da economia brasileira, para que possamos cada vez mais alcançar a plenitude da inovação, da competitividade e da produtividade.

Os desafios são imensos, assim como as potencialidades que o estado de Santa Catarina oferece. A busca pela máxima eficiência administrativa tem que ser a tônica dos próximos quatro anos. Neste cenário, a Fecomércio SC está à disposição para a construção das melhores políticas junto ao novo governador, que assumiu o compromisso de não aumento dos impostos em nosso estado, durante agenda com COFEM. Na oportunidade, o governador recebeu o documento Carta do Comércio 2018, que avaliou 25 itens em oito macrotemas acerca da economia catarinense. O documento apontou as principais dificuldades dos empresários do comércio, serviços e turismo em Santa Catarina – setor responsável por 65,3% do PIB estadual.

Leia mais: Fazer mais com menos

Brasil: controle das contas públicas

Conter o déficit público deve ser prioridade na gestão de 2019. O ano de 2018 deve fechar com resultado negativo de R$ 150,8 bilhões, ou seja, 2,19% do PIB, segundo o Tesouro Nacional. Desde o fim de 2014, o Brasil apresenta saldo deficitário nas contas públicas. Reverter esta situação significa diminuir o ritmo de crescimento do endividamento público, que já beira os 80% do PIB. Para contê-lo, é necessário realizar um superávit primário da ordem 2% do PIB, realizando uma economia de 4%. Por isso, sustentamos que a Reforma da Previdência é o principal elemento de contenção do desequilíbrio das contas públicas, já que o Regime Geral atingiu em 2017 um déficit de R$ 270 bilhões.

Precisamos manter o Estado brasileiro saudável e apto a cumprir suas obrigações constitucionais, entre elas o fornecimento de Saúde e Educação. Solucionar este problema torna ainda possível a redução sustentada dos juros, que ampliará os níveis de investimentos da economia brasileira e proporcionará a retomada do crescimento.

Leia mais: Qual a prioridade do Estado Brasileiro? 

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